segunda-feira, 28 de junho de 2010

rolaram as pedras do sono

,sonhando acordado
com a meia-noite
de pé com o relógio
fazendo um barulho
que arrepia o meu ouvido
esquelético, labirintico
desperto como se uma ovelha
desgarrada se aproximasse de mim
com uma faca, com uma lanterna
pra ler a minha mente, os meus olhos
que diziam muito e ao mesmo tempo nada
me aproximei de uma peça de teatro, ambulante
que vendia cacarecos e petelecos
a luz da lua, fazendo borbulhas de amor
falso, de amor pirata, e eu como membro
oficial da policial federal, rabisquei aquilo tudo
e disse pra mim mesmo, nunca mais tocar
nessas ovelhas do meu sonho
nessas cabras epiléticas
de memória curta, de vara curta
de sicuta, veneno estricnina
que leva a morte dos raios libaneses
da esquerda autoritária
da direita otária,

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