quinteto violado dos sonhos marinhos

,a história do conhecimento e da soltura verborrágica
advém dos mais singelos flancos do livre-pensar
a soltura enigmática da palavra
peixe-rápido constelação
criando cor
 tomando a forma
de elefantes
no céu chapado
de zinco
em um forró alucinado
na curva da jurema
desempenhar a função
exata do coração
estatelado no chão
não faz mal levanta
sacode a poeira
dá a volta por cima
em rimas pobres
qual é mesmo o sentido
da vida
se ela vem
ela chega
como um cangote
cheira o luar
na sombra do mar
nossos cabelos feito estrelas
desembaraçando o caos
nas cordas
dos planetas
nas palhetas submarinas
o enlace sonoro do atol
é a poesia completa,

uma aula de literatura e de bons costumes

,mais uma peça
da série pitchulisms of the golden age
ou pitchulismos da era golden
um raro relato de viagem
que arrecadou cerca de
cento e cinqüenta pontos
para a griffinória
o autor é o sulameriacano
rafael magalamalaco
ponto.

bora fazer uma viage muito louca
começa la no alasca e termina na antartida
pelo caminho vamos encontrar bichos exóticos
marinheiros eróticos
formigas andaluzes espreitando as luzes por janelas dorminhocas
minhocas de cabeça pra baixo com muito frio
e só a gente agasalhado enquanto o mundo congela
pq vamos estar de bem com a vida
felizes com tudo
felizes com as nuvens passageiras que vão de vagão em vagão
catando uma canção
catando cação na beira do rio que desagua no mar revoltoso
turbulento e cheio de piranhas que bebem água salgada
será uma viagem muito boa
todos nós dormiremos felizes quando retornamos para nossas casas
com barbas mal feitas e chinelos gastos

e se assim, mesmo assim
a peste bulbônica que assola o outro lado do mundo insistir em incomodar
iremos para lá com nossos trajes de banho específicos
para combater essa moléstia sem precedentes
usaremos nossos dentes afiados
pra furar e perfurar essa doença criada pelos seres humanos
para destruir as plantações de coca

se não rolar essa doença
a gente fica por aqui mesmo
não tem problema
não pra nós
desbravadores do mundo
a procura do sanduba perfeito
que, por sinal, está em gramuté
mas quem informou?
fica a pergunta solta espairecida no ar
como um jiboia carregada de saudade
dos almanacões da turma da monica
cebolinha cascão magali com uma larica tensa
várias questões
mas deixa isso pra lá
vamos falar de outras coisas outros assuntos mais mportantes
no contexto mundial libriano virginiano e leonino
leonidas da silva
o inventor da bicicleta
disse para todos: sou um verme e como verme mereço destaque
e todos deram destaque a esse nobre ser
que fez um grande show no retorno de martinho da vila para o senado
entoando sambas de cincinatti
mencionando samurais que morreram
em prol de uma civilização sem ketchup
e com mais mostarda,

resgate salva-vidas de pitchulismos neandertais

,o arqueological team of pitchulism
tem a honra de apresentar
textos inéditos
porém velhos pra caralho
escritos pelo messiê rafael magalhau
três pontos...

vivemos num universo parecido com os rodeios de paranapiacaba, disseram...
quem falou foi o papa pio doze
um cara muito gente fina que usava muletas em plena quinta avenida
tomando um café starbucks
demolindo os boliches
das cidades que dormiam acordadas
coisa que até o einstein duvidaria
e já que ele não está aqui aproveito pra meter o pau nesse físico de bosta
ele tinha que malhar muito mais
abrir o peitoral
expandir o tórax até o além mundo
onde lá repousam o grandes físicos do universo
plexos solares enormes
trícepes saltando como sapos que coaxam
em busca da fêmea perfeita,

pré-pitchulismo, ou roubaram as minhas pernas

,apenas um adendo
o que se segue foi escrito por
rafael, o magalhães
na data de 26 de maio de fucking 2010
quando as proteínas do pitchulismo
eram transformadas em espermatozóides
dentro de nossos corpos
dois pontos:

roubaram as minhas pernas
na praça costa pereira
andava devagar, sem muletas
foi tudo tão rápido
de repente, uma arma
na nuca o frio congela a espinha
passa essa perna, mermão
tão bonita, novinha
lá se foi, tirada a força
as minhas pernas, joelhos
canelas e pés
fiquei só o tronco
cravado na terra

preciso falar mais nada
um pequeno little gênio,